Páginas

terça-feira, 13 de novembro de 2012

morrer quietas

deixar as palavras
seguirem livres o seu curso
silencioso entre mãos,
deslizar na língua
parar por trás dos olhos

sair entrar no corpo
correr os membros os músculos
os orgãos as veias,
primevas e vivas e ferozes

rolar como ondas
de tempestade

morrer quietas cortantes
violentas e definitivas
no centro do estômago
e ainda fremer como borboletas
de excitação enamorada
e delicadeza

Sem comentários: