deixar as palavras
seguirem livres o seu curso
silencioso entre mãos,
deslizar na língua
parar por trás dos olhos
sair entrar no corpo
correr os membros os músculos
os orgãos as veias,
primevas e vivas e ferozes
rolar como ondas
de tempestade
morrer quietas cortantes
violentas e definitivas
no centro do estômago
e ainda fremer como borboletas
de excitação enamorada
e delicadeza
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