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domingo, 7 de outubro de 2012

Outra leitura gratuita

terminada, Trouble in Mudbug, de que eu escolhi e desacrreguei para o Kindle por me prometer exactamente aquilo de que precisava: leitura descomplicada, rápida e suficientemente divertida.
 
Há os clássicos free. Esses descarrego à vontade, para ler quando me der na veneta. Para os outros, tenho um critério - para além de serem de um género que me apeteça no momento: só descarrego os que tiverem bastantes ratings (geralmente mais de 50, de preferência mais do que 100) e 4 estrelas. Não é injusto para com os outros, mais recents, porque mais cedo ao mais terade chego lá. Também não vou à sinopse se, apesar disto tudo, me soar a chachada, bad guy meets good girl, bad guy gets good girl.
 
Este foi o que prometia, um mistério levezinho comum fantasma à mistura, passado numa terra pequena. Alguma preocupação ecológica (despejos químicos no bayou a provocarem casos de cancro nos habitantes da cidade) dão-lhe uma base de sustentação e um mínimo de seriedade.
 
A escrita é escorreita, económica, não lhe encontrei defeitos propriamente ditos, a intriga suficiente simples para não incorrer em erros terríveis. Um desperdício aqui e ali, uma certa precipitação (expectável) na atração entre as personagens, mas devidamente complicada pelas respectivas personalidades, um fantasma vestido... vestida de polyester cor-de-rosa, e depois de outras coisas, que não é bem o que parece e um cheirinho a sul, aligatores e adivinhações e o bayou. Algum mistério de cidade pequena, com interesses monetários por trás (o petróleo, para variar) e está feito. É o que promete: descontraído.
 
O fim desaponta um pouco. Não é bem ela precipitação, mas mais pela insatisfação relativa que a surpresa final me deixou (desta vez, parece-me que o criminoso mais previsível me satisfazia mais) e pelos discurss carpe diem do fantasma redimido, que dispensava. Show, don't tell. Mas o livro no seu conjunto lê-se bem. Não teria dado 5 euros por ele, creio, mas daria dois ou três.
 
Capa divertida, sem um homem nú que seja. Já vai sendo difícil.
 
 

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