O Rapto de Proserpina, Bernini (pormenor) |
o tempo parado quieto
entre uma respiração e a outra
uma gota escorre
um rio de sal
no vale entre as colinas
ergue-se a planície
arqueada no momento
perfeito exacto fugaz
do terramoto
desaba por dentro
implode um sol
luz nos recantos longínquos
e no momento o grito
e depois o silêncio arquejante
e o adeus dos corpos
1 comentário:
É isto que considero um bom poema erótico
Enviar um comentário