Páginas

domingo, 28 de outubro de 2012

Hoje duas perguntas de estreante

O Alma Rebelde foi publicado em Abril deste ano, portanto há cerca de sete meses. Nem um ano tem ainda, e não me queixo da colocação no mercado nem do feedback dos leitores, que tem sido simpático para uma estreante, e para mais portuguesa. 
 
No entanto, se calhar por ter a impressão de que o Alma está a "morrer" para o público, dou por mim a pensar em quanto tempo de intervalo será o ideal entre o lançamento de um primeiro e um segundo livro, havendo um já escrito.  

Será mais conveniente deixar respirar a coisa (leia-se o primeiro), ou aproveitar o momento em que os leitores ainda têm bem presente o nome do autor e desse primeiro livro, para lançar um segundo, ou um terceiro, se for caso disso?
 
E deve esse livro seguir a linha do primeiro - no meu caso ser um romance romântico de época - ou agradaria ler uma coisa diferente? Não, não estou a falar na minha experiência de fantasia, que por aí anda numa espécie de beta-reading praticamente sem feedback (aqui encolho os ombros), mas de um outro romance.  
 
O que vos parece?
 
Claro que esta questão é válida se o autor for o primeiro responsável pela publicação. No meu caso, é (quase) uma pergunta de retórica, já que coisas destas são decididas pela editora... não saía um mais depressa nem que me pusesse a escrever desalmadamente... pun not intended, ehehehe!

4 comentários:

Unknown disse...

Na minha opinião havendo um bom feed por parte dos leitores, devia-se aproveitar a onda para lançar logo outro, pois se não houver mais lançamentos o autor acaba por cair no esquecimento.
Os fãs de romances de época já foram conquistados (eu falo por mim) e se surgir outro hão de querer ler.Optar por outro género? É sempre um risco mas também um desafio.

Madrigal disse...

eu não li o livro que escreveu, mas posso dizer-lhe que enquanto leitora, para mim, um autor estreante que me agrade não cai no esquecimento. Há uns anos comprei um primeiro livro, mas só este ano o li e quando acabei a primeira coisa que fiz foi procurar outros livros, infelizmente esse autor não tinha escrito mais nada. Outro estreante que li quando saiu tb ainda não publicou nada, mas eu não me esqueci e ando atenta para ver quando sai mais, segundo o próprio, na sua página de facebook, está a escrever mt devagar o próximo.
Tudo isto para lhe dizer que quem gostou do seu livro vai com certeza ler o próximo, quer demore um ano, quer demore dois a publicá-lo.

Unknown disse...

Olá Carla,
Posso ser das que apostam na publicação da tua ficção, posso? Acho mesmo que dava certo.

Eu enquanto leitora sou viciada em autores. Quando gosto de um prefiro ler vários livros seguidos.
Por outro lado a vida não anda para brincadeiras e comprar livros novos não é algo que faça sem pensar duas vezes.
Lembro-me de ficar ansiosa pela publicação dos livros das minhas escritoras favoritas e olha que essa espera também ajudava.

Há escritores que já nos habituaram a escrever um livro por ano sempre na mesma altura- sinceramente esta previsibilidade a mim chateia-me um bocadinho- parece-me um escrever "a metro".

Resumindo e concluindo: Não me parece que um plano editorial sirva de grande coisa. Chegar ao coração dos leitores sim, mas através da qualidade. O resto, simplesmente acontece.
bjs

Carla M. Soares disse...

Obrigada pelas vossas respostas. Tenho um livro já na editora, à espera da aprovação ou recusa (e, nesse caso, de "libertação" para as minhas mãos).

Patrícia, um livro por ano pode não ser escrita " a metro". De três em três meses, sim, parece-me excessivo. Mas um escritor que possa dispor de, vá, 30% do seu tempo para escrever e esteja cheio de ideias pode ser muito produtivo. Ser na mesma altura será, imagino, estratégia editorial.

Mas como leitora eu gosto de poder ler mais do mesmo autor se gostar dele... sem esperar dois, ^três, quatro anos. No meu caso, existirão sempre mais livros - podem é ser ou não da editora. Desejo muito que sejam, porque tudo até aqui correu muito bem. :)