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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A morte rápida do livro

Antes da publicação do Alma Rebelde, foi-me dito, não me lembro por qual das pessoas envolvidas na concretização deste objectivo que, para além de ser crítico o momento da libertação do livro para o público, sendo que épocas como o Natal costumam soltar os "tubarões" da literatura, este tem inevitavelmente um período de vida curto: meia dúzia de semanas de destaque cada vez mais relativo, depois do qual vai caindo no esquecimento. É uma espécie de morte.
 
Se pensar na quantidade de livros de todos os tipos que todas as semanas aparecem nas livrarias, nos blogues, no facebook, na sua maioria traduzidos, mas felizmente não só, não surpreende, pois não? Deve ser uma luta para os departamentos de marketing das editoras, rentabilizar um livro o mais possível no seu curto tempo de exposição. De vida.
 
imagem descaradamente 'roubada' neste link do NY Times,
sobre outro tipo de 'morte' do livro
Imagino eu que seja um pouco diferente para os escritores de nome firmado (ou da moda, também há), para os livros premiados ou os que entretanto ganham prémios, para os que conseguem de alguma forma destaque na comunicação social. Essas são, suponho, todas formas válidas de ligar o livro à máquina e ajudá-lo a viver mais algum tempo.
 
O meu, suponho, fez o seu percurso e deve estar nos estertores da morte. Vai desaparecendo das livrarias porque nalguns sítios vai acabando, que é bom, claro, e vai desaparecendo também da memória das pessoas que o foram lendo. Tenho pena, sonhamos com a vida eterna para os nossos amores, mas já sabia que era assim.  É inevitável, o tempo passa e faz o seu trabalho.
 
Como prolongar a sua vida? Devo fazê-lo? Vale a pena? Não faço ideia. Opiniões e sugestões são muito benvindas.

4 comentários:

Ivonne Zuzarte disse...

"Alma Rebelde" foi o meu primeiro romance de época que li. E adorei, Carla =) até agora não o esqueci. Não gosto de dizer "jamais o esquecerei", porque nunca se sabe o dia de amanhã. Por isso, até agora não o esqueci. O problema reside em: como ajudar a prolongar a vida desse livro... a não ser com o blogue e no GD, tenho aconselhado a algumas pessoas - familiares, amigos, colegas - para o lerem.
=) um beijinhO*
(Ivonne)

Maria João disse...

Tens selinho no meu blog :)

Carla M. Soares disse...

Ivonne e Maria João, a cada qual o meu obrigada. :D

co disse...

Ahahaha!
Adorei a ilustração e não acredito nesse outro tipo de "morte do livro" LOL