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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Sangue-do- coração - Juliet Marillier




Sinopse:
Uma floresta assombrada. Um castelo amaldiçoado. Uma jovem que foge do seu passado e um homem que é mais do que parece ser. Uma história de amor, traição e redenção... Whistling Tor é um lugar de segredos, uma colina arborizada e misteriosa que alberga a fortaleza detiorada de um chefe tribal cujo nome se pronuncia no distrito em tons de repulsa e de amargura. Há uma maldição que paira sobre uma família de Anluan e o seu povo; os bosques escondem uma força perigosa que pronuncia desgraças a cada sussurro. E, no entanto, a fortaleza abandonada é um porto seguro para Caitrin, a jovem escriba inquieta que foge dos seus próprios fantasmas. Apesar do temperamento de Anluan e dos misteriosos segredos guardados nos corredores escuros, este lugar há muito temido providencia o refúgio de que ela tanto precisa. À medida que o tempo passa, Caitrin aprende que há mais por detrás do jovem desfeito e dos estranhos membros do seu lar do que ela pensava. Poderá ser apenas através do amor e da determinação dela que a maldição será desfeita e Anluan e a sua gente libertados...

Opinião:
Juliet Marillier encanta-me sempre. Mesmo numa obra sem o fascínio dos três livros SevenWaters, conseguiu pôr-me a ler compulsivamente, pela noite dentro, até chegar ao fim desta história.
Agradou-me que as personagens não fossem perfeitas, muito pelo contrário, que se apresentassem cheias de falhas, muito humanas, mesmo os que (já) não são humanos. Gostei que~o herói não fosse fisicamente perfeito, nem mentalmente sólido, e da sua luta para mudar, para resistir, para sbreviver. Foi a minha personagem preferida.
Agradou-me a evolução das personagens e da sua interação, sobretudo entre as principais: nada de imediato e assolapado, como por vezes acontece. Pareceu-me um pouco excessivo o apego desesperado da personagem central à esperança nos momentos mais desesperados, e a sua confiança no que, no fundo, lhe era desconhecido, quando o seu passado devia levá-la a desconfiar de tudo e todos - que difícil ser clara sem entrar em spoiler.
Marillier trabalha também com mestria o sobrenatural, torna-o quase natural, de tão bem que consegue fundi-lo no mundo 'real'. Não sei até que ponto é fiel às tradições e lendas irlandesas que se sugerem, mas há um certo espírito que está muito de acordo com o que imagino acerca delas. Para mim, leiga, é o suficiente. Gostei dos espelhos em particular, e da hoste. Muito.

Infelizmente, achei a 'solução' demasiado previsível. Soube desde o início de quem era a 'culpa' e adivinhei com a maior facilidade os seus motivos e os modos e quem fazia mal a quem. Tive sempre esperança de ser surpreendida, mas não fui. Mesmo no encerrar da questão, tudo se passou como esperava (e de forma um pouco precipitada, a meu ver), desapareceu quem tinha que desaparecer, ficou quem esperava que ficasse. O mal pode ser meu, claro, mas achei tudo previsível... o que é um pau de dois bicos, porque queremos ser surpreendidas, mas ao mesmo tempo desejamos que cada personagem tenha o fim que merece.

2 comentários:

jen7waters disse...

Aaah, tinha de acabar bem, ou uma pessoa arrancava os cabelos no fim. xD

Anluan <3

Adeselna Davies disse...

A Marillier é a única autora que eu ameaço desde as primeiras páginas "Se eles não acabarem juntos, faço-te uma esperinha!" mas acaba sempre tudo bem ^^